segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Um olhar especial para os BLOGS de EAD

Cátia Kíster
  Sabemos que todas  as experiências vividas  são de enorme grandiosidade,. Incentivada  por um curso que estou realizando em EAD fui desafiada a   acompanhar e comentar  alguns  blogs sobre EAD.  Foi uma tarefa diferente que me fez  pensar o quando essa  ferramenta nos faz interagir e gerar conhecimentos partilhados. Em um dos blogs que acompanhei  o www.anabeatrizgomes.blogspot.com, senti um respeito muito grande pelo assunto e participei de debates relacionados à Conferência realizada por Pierre Lévy no 3º Simpósio Hipertexto e Tecnologias da Informação em dezembro de 2010, está disponível no canal de vídeos do Núcleo de Estudos em Hipertexto e Tecnologia Educacional (NEHTE), do Departamento de Letras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). As séries de vídeos reproduzem na íntegra a conferência "Do hipertexto opaco ao hipertexto transparente" (From the opaque to the transparent hypertext). Segundo as informações dos organizadores do evento, "esta iniciativa é um esforço conjunto dos pesquisadores, produtores e organizadores do evento para estimular a divulgação da produção científica na internet, além de garantir o acesso livre e maior alcance a este tipo de produção". Ela disponibilizou um  acesso a  um  vídeo maravilhoso. Um vídeo  de um dos maiores incentivadores das novas tecnologias dentro da sociedade do conhecimento que é Lévy, eu não me canso de ouvi-lo falar e de ler seus livros e artigos. Ele é brilhante em suas colocações e nos auxilia a desvendar o universo das tecnologias frente à educação e a vida. Acredito que a educação esta sendo repesada com essa forma de pensar em educação de Lévy. Outra participação neste blog foi sobre TUTORIA E INTERAÇÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, a postagem feita pela Ana foi direcionado sobre uma reflexão sobre o papel deste mediador frente à ação da aprendizagem O sistema Tutorial é composto pela atuação de profissionais, organizados em procedimentos administrativos, pedagógicos e comunicacionais. Os tutores têm função de mediação pedagógica no processo educativo em desenvolvimento as funções dos tutores variam conforme o desenho pedagógico do projeto em Ead, devendo estar em consonância com ele. O tutor tem como principal função a pedagógica, no sentido de que busca o desenvolvimento de estratégias de ensino, buscando auxiliar o aluno a desenvolver e alcançar os objetivos da aprendizagem proposta. Tem função mediadora, motivacional, avaliativa, tendo papel de interlocutor, penso que é um dos caminhos, mas certo que o EAD pode salientar e reforçar. Acredito que é uma segurança para o aluno ter uma pessoa presente auxiliando nos seu desafio diário.
  O segundo Blog participativo foi www.educacaoadistancia.blog.br, interagindo com comentário sobre o evento I Seminário Nacional de Tutores de EaD o que pareceu adequado a nosso atual contexto. O texto fez uma abordagem sobre a necessidade de debater sobre essa nova ferramenta na área da educação. O surgimento das novas tecnologias da informação e da comunicação deu um novo impulso à educação a distância, fazendo aparecer, através da Internet, formas alternativas de geração e de disseminação do conhecimento.  A educação à distância, antes centralizada no texto impresso, agora vai cedendo lugar para fontes eletrônicas digitais de informação, trazendo possibilidades quase inesgotáveis para a aprendizagem. Neste novo cenário, os papéis tradicionais do professor, aluno e escola precisam ser mais bem compreendidos e investigados para fazer frente às mudanças que se impõem. A educação a distância via Internet redefine substancialmente o papel do professor que agora assume posição diferenciada daquela conhecida historicamente.  A tutoria é necessária para orientar, dirigir e supervisionar o ensino-aprendizagem.  Ao estabelecer o contato com o aluno, o tutor complementa sua tarefa docente transmitida através do material didático, dos grupos de discussão, listas, correio-eletrônico, chats e de outros mecanismos de comunicação.  Assim, torna-se possível traçar um perfil completo do aluno: por via  do trabalho que ele desenvolve, do seu interesse pelo curso e da aplicação do conhecimento pós-curso.  O apoio tutorial realiza, portanto, a intercomunicação dos elementos (professor-tutor-aluno) que intervêm no sistema e os reúne em uma função tríplice: orientação, docência e avaliação. Assim como as novas tecnologias nos impulsiona cada vez mais a uma sociedade de conhecimento a segunda abordagem neste blog foi sobre A educação a distância facilita o adulto a acessar o conhecimento, sim o adulto, pois para ingressar em um curso em formato EAD, devemos estar preparados  e voltados a ideia de que somos agentes do conhecimento e que o ensino aprendizagem esta em nossas mãos.   Os avanços vertiginosos da tecnologia nos trazem novos objetivos de estudo e estimula novas abordagens para melhor usar os recursos tecnológicos disponíveis no nosso ambiente de ensino-aprendizagem. Explorar um campo que apesar de estar muito em voga continua a ser inquestionavelmente um espaço onde se confrontam atitudes de resistência é um desafio que se abre para o uso da criatividade, pois a Internet ou as Tecnologias, de Informação e Comunicação na educação é hoje uma realidade por se afirmar, apenas de ter todos os indicadores para a construção da aprendizagem. O desafio do educador é sensibilizar o seu aluno da importância dessa ferramenta na geração de conhecimentos. Trabalhar com a internet como um facilitador e dinamizador da aprendizagem. Sabe-se que a importância pedagógica do acesso a ciberespaço é que os alunos aprendem fazendo, em vez de aprenderem ouvindo. A conseqüência gerada dessa postura na aprendizagem é um comprometimento maior dos alunos em gerenciar seus conhecimentos, porque a metodologia adotada propõe uma pesquisa bibliografia e de campo, tendo como ponto de partida a observação do uso desse aplicativo tecnológico como recurso pedagógico. Para concluir minha observação coloco que o Blog se utiliza de uma linguagem cotidiana, sem compromissos com textos longos, embora não sejam proibidos. Também é possível explorar a linguagem visual através das imagens, tornando seu conteúdo mais prazeroso, auxiliando no desenvolvimento de habilidades importantes como gerir o próprio recurso, administrar, gerenciar as informações contidas. Os posts podem ser comentados, com isso é possível refletir sobre as colocações feitas. Uso do computador torna possível capturar algumas características do aprendiz à distância, e analisá-las de uma maneira análoga ao comportamento de um aluno de um curso presencial. Ou seja, as tecnologias podem proporcionar ao professor mesmo à distância uma visão bem próxima ou até a mesma visão de aluno que teria um professor no ensino presencial. Mas para isto é necessária primeiramente uma mudança de paradigma. A utilização de novas ferramentas tecnológicas em educação passa por uma mudança radical nos paradigmas docentes. O professor deixa de ser o único detentor do conhecimento e passa a compartilhar de uma sociedade aprendente. A utilização de Blogs em avaliação também reflete esta nova postura dentro da sociedade do conhecimento, abrindo portas para novas conquistas, descortinando novas possibilidades.

sábado, 17 de setembro de 2011

A EAD E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES


Os profissionais em atuação, na Educação a Distância para Formação de Professores estão construindo suas concepções e seus valores na prática. É, sobretudo através do fazer, muitas vezes sem referências anteriores, que os professores refletem sobre o que é atuar em educação à distância. Nesse movimento de reflexão sobre a prática pedagógica em EaD, levantamos alguns aspectos que, ao serem analisados e discutidos, poderão contribuir para a efetivação de uma prática educacional transformadora :

- ruptura com o modelo tradicional de educação: a atividade docente está fortemente arraigada ao modelo “aula expositiva”, no qual o professor, detentor do saber, apresenta as “verdades incontestáveis” aos alunos. Na EaD, é essencial a reflexão sobre conceitos como parceria, autoria, autonomia, pois são ocorrências inerentes ao próprio ambiente ; professor mediador, parceiro na aprendizagem: o “detentor do saber” tem seus dias contados. As tecnologias da informação permitem que qualquer pessoa tenha acesso a bancos de dados, instituições e profissionais em qualquer lugar do planeta. Não há mais a hierarquia rígida na construção do conhecimento, nem a linearidade que havia nesse processo. O papel de professor é o do mediador, é o daquele que auxilia o aluno (e a si próprio!) a explorar as suas potencialidades e a ultrapassar os seus limites;

- quebra de resistência: o uso da tecnologia “força” a quebra de resistências (resistência a posturas há muito estabelecidas e a formas de trabalhar “consagrada”) e a quebra do medo pelo novo ou desconhecido. É preciso “enfrentar” esta nova situação, pois a disseminação e o uso das tecnologias de informação já fazem parte do cotidiano da educação;

- novas relações de trabalho: tempo e espaço, em EaD, são ampliados,não têm limites fixos. E o trabalho do professor? Como estabelecê-lo, quantificá-lo com justiça, já que impera a cultura do presencial na maior parte das instituições educacionais? Escrever sobre EaD, é refletir sobre a construção e reconstrução da aprendizagem virtual. Acertos e erros, planejamento e replanejamento, desafios e conquistas fazem parte nossa prática diária. Podemos ousar defender que a formação de professores em ambientes virtuais facilitaria o uso da tecnologia por parte desses mesmos professores nos programas presenciais, permitindo a expansão dos espaços de aprendizagem, a ampliação de horizontes internos e externos, o estabelecimento de novas relações professor-aluno e a revisão das metodologias conservadoras usadas no presencial.

ESPAÇOS VIRTUAIS


            Os espaços virtuais exigem certo domínio da escrita, já que as expressões corporal e facial não são usadas. É na escrita, então, que cada um se revela e expõe suas ideias, sentimentos e emoções, possibilitando a formação de elos afetivos e de grupos colaborativos. A troca de mensagens requer cuidado com a qualidade do texto, que precisa ser objetivo e ao mesmo tempo motivador, evitando-se interpretações desnecessárias.           Há a necessidade da organização de uma linguagem própria para os espaços virtuais. Outras características e contribuições da EaD, estão na questão do tempo e da autonomia. Este é um ponto muito importante, pois se percebe que a maioria das pessoas crê no mito de que educação a distância “se encaixa” em qualquer espaço do dia. Há uma crença nas “facilidades” proporcionadas pelo virtual, o que significa quehá um equívoco no dimensionamento da atividade. A partir dessa falsa ideia, quando muitos participantes em um curso a distância, encontram dificuldades para equacionar o tempo necessário e para a realização dos trabalhos. Por vezes, o resultado dessa falta de organização leva ao descumprimento das responsabilidades exigidas, levando ao acúmulo de trabalhos e à evasão em grande número. A disponibilidade de tempo e atenção nos cursos virtuais, diz respeito aos alunos e também ao professor, na EaD a atenção é individualizada por parte do professor e monitor. Tudo fica registrado na memória do computador e podemos traçar um mapa de dificuldades, avanços e tempo despendido pelos alunos.Por outro lado o contexto dos cursos em EaD desenvolve a autonomia dos alunos na organização da sua aprendizagem, pois quanto tempo é necessário para um tipo de atividade. No ambiente virtual cada um constrói seu próprio percurso de aprendizagem. Não há como impor um tempo único para todos os alunos, e o respeito à individualidade é um pressuposto importante para o acompanhamento das atividades.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sociedade do Conhecimento

Sociedade do Conhecimento

“Aprendo quando uso meu cérebro. Uso meu coração quando ensino”. (LÉVY,2000,P.13)

A sociedade do conhecimento, também chamada de sociedade aprendente ou de aprendizagem, requer uma nova leitura do mundo em que vivemos. Entretanto Figueiredo (2005, p.56), o difícil é nos despirmos de velhos conceitos, velhas linguagens, de paradigmas passadas, quando eles ainda são naturalmente uma parte de nós mesmos. Para nos tornarmos aprendizes, precisamos desaprender, recuperando a capacidade que as crianças naturalmente possuem de nos surpreendermos com as coisas, à admiração na qual Aristóteles identificou a origem da Filosofia.  Enquanto seres pertencentes a um sistema biológico, certamente  têm duas funções básicas: a necessidade de sobrevivência que nos leva à adaptação e a necessidade de ter uma estrutura interna ordenada, que faz com que nos voltemos à organização. Em decorrência, devemos   sempre buscar o equilíbrio, a assimilação e a adequação para gerenciar os conflitos relativos a tais funções.
           Ao se efetuar uma transferência desses princípios para  aprendizagem pode-se dizer que enquanto seres humanos, precisam adquirir  o conhecimento sobre o nosso meio ambiente e nossas relações durante toda a vida.
           Assim, Lévy (2000,  p.76), coloca que os  resultados das experiências fazem as associações entre os eventos do mundo ao nosso redor. Isso nos leva a considerar que a aprendizagem somente acontece quando ocorre a mudança de comportamento do ser humano, em resposta a uma experiência anterior, requerendo a existência de um significado efetivo para o aprendiz. Propiciar uma aprendizagem significativa consiste em considerar a maneira própria de pensar das pessoas e perceber as contradições e inconsistências, buscando saber o que sabem e o que ainda precisam saber. Há necessidade de se entender que aprender é um processo complexo, onde o ser humano deve ser o sujeito ativo na construção do conhecimento, e que este somente se dá a partir da ação do sujeito sobre a realidade.
          O conhecimento segundo Lévy (2000, p.81), é o principal fator  de inovação disponível ao ser humano. Não é apenas um recurso renovável, ele cresce exponencialmente na medida em que é explorado, o conhecimento não é constituído de verdades estáticas, mas um processo dinâmico, que acompanha a vida humana e não constitui em uma mera cópia do mundo exterior, sendo um guia para a ação. Ele emerge da interação social e tem como característica fundamental poder ser manifestado e transferido por intermédio da comunicação. A capacidade de aprender, de desenvolver novos padrões de interpretação e de ação, depende da diversidade e da natureza vária de conhecimento.
          Existe para Lévy (2001, p.79), uma concordância quanto à importância da presença da inovação e das práticas de investigação no contexto das instituições educacionais, assim como sobre a necessidade do desenvolvimento de competências para estas duas atividades nos processos de formação básica e permanente das pessoas. A competência, nesse contexto, é por nós entendida no sentido explicitado por Perrenoud (1999, p.23) que mencionou ser uma competência um saber-mobilizar. Trata-se, portanto,  não de uma técnica ou de mais um saber, mas de uma capacidade de mobilizar um conjunto de recursos, conhecimentos, know-how, esquemas de avaliação e de ação, ferramentas, atitudes  a fim de enfrentar com eficácia situações complexas e inéditas. Sob a égide de uma educação voltada para o desenvolvimento de competências, uma visão prospectiva da educação nos é oferecida por Morin (2001, p.89-90) ao afirmar que:
        Não basta que cada qual acumule no começo da vida uma determinada quantidade de conhecimentos de que se possa abastecer indefinidamente. É, antes, necessário estar à altura de aproveitar e explorar, do começo ao fim da vida, todas as ocasiões de atualizar, aprofundar e enriquecer esses conhecimentos, e de se adaptar a um mundo em mudança, que vivemos afasta-se radicalmente da Sociedade Industrial para se constituir uma Sociedade da Informação, ou mais apropriadamente, uma Sociedade de Conhecimento voltada a uma preocupação de aprender aprendendo. Neste contexto, associam-se à informação, características de revisão contínua e de crescente grau de complexidade. Seu conceito está intimamente ligado a novas experiências de espaço e tempo.
           Assim, as palavras Conhecimento e Educação voltaram a exercer um novo fascínio.  Em decorrência, temos, então, a existência de um campo semântico em implementação e que merece ser abordado mediante a leitura e reflexão crítica. Para poderem dar respostas ao conjunto das missões, a educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais, que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; e finalmente aprender a ser, via essencial que integra os três precedentes. É claro que estas quatro via do saber constituem apenas uma, dado que existem entre elas múltiplos pontos de contato, de relacionamento e de permuta. (Morin, 2001, p.90)
          Segundo Assmann (2001, p.31), a educação tem elos entre o passado e o futuro, entre os sujeitos e as sociedades e entre o desenvolvimento de competências e a formação de identidades. É o caminho onde elas compartilham os seus legados culturais, para que os momentos da história possam ser edificados sobre o que várias gerações construíram; do mesmo modo, torna possível que os sujeitos se apropriem desse legado e, a partir dele, construam uma identidade própria que os distinguem em seu trajeto de vida. Além disso, que ao mesmo tempo, os transforme em integrantes de alguma comunidade humana, sem a qual se perde o direito de viver. Por meio da educação, os indivíduos e as sociedades se tornam competentes para a sobrevivência, para a existência e a convivência. Segundo Lévy (1999, p.34), a “Educação é o resultado do trabalho de milhares de pessoas que, em sua interação, ensinam e aprendem”, podendo-se considerar a atividade educativa como uma responsabilidade das famílias, da sociedade e do Estado.
           Quando nos referimos às famílias, estamos enfatizando tanto a sua função socializadora primária, como o dever de buscar todos os meios para que os seus integrantes possam ter acesso aos bens culturais e às ofertas que cada sociedade disponibiliza aos seus cidadãos. Ao Estado, é confiada a responsabilidade de oferecer possibilidades concretas para que todos tenham acesso, permaneçam e alcancem os melhores resultados em cada contexto. Às sociedades, são solicitadas de maneira difusa, que apostem, tanto na instrução como na formação de valores, por intermédio dos meios de comunicação e das mais diversas formas de cooperação.
         A missão da educação, na sociedade hoje segundo Vygotskyl (1991, p.55),  reside em permitir que sejam exploradas e criadas formas de ajuda aos jovens para olhar a escola como um local  de aprendizagem e que, uma vez cumprido o ciclo básico, possam a ela regressar para continuar aprendendo mediante o encontro com crianças, com outros jovens e com adultos que ali também se  acham  para compartilhar seu saber, ampliar as fronteiras do conhecimento e encontrar novos caminhos para a vida. Todo ritual de uma sala de aula centra-se diariamente em torno do conhecimento, devendo todas as ações e práticas desse contexto orientar-se para a garantia do acesso às fontes de informação, estímulo ao trabalho intelectual, à mobilização das fronteiras próprias e coletivas do saber, colocando-o em circulação e incorporando-o à geração de novo conhecimento.  Aliando-se a essa concepção educacional atual, encontramos também as chamadas Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC’s) que vêm contribuir com outros desafios, acrescentando às competências atribuídas aos  professores científicas, curriculares, pedagógicas, relacionais, sócio-culturais outras capacidades como as de exploração pedagógica de novos recursos tecnológicos, envolvendo desde a sua seleção, preparação do trabalho a ser desenvolvido com a multimídia, utilização e avaliação. Segundo Lévy (2002, p.38), a Sociedade de Conhecimento está em construção e nos obriga, por um lado à melhoria da qualidade da educação fundamental, na lógica da criação, da iniciativa, de responsabilidade social e do exercício da cidadania. Por outro lado isso nos leva também à necessidade da promoção e diversificação da formação dos jovens, apostando na melhor qualificação, na produtividade e empregabilidade para as futuras gerações. Por fim, à criação de condições para uma educação ao longo da vida e para se reconhecer qualquer conhecimento que vier a ser adquirido também por outras formas, como requisito de inovação e desenvolvimento social. Deve-se pensar na educação como um processo ao longo da vida, reiterar-se que se esta falando da intervenção da sociedade para que exista o estímulo à criatividade individual que conduz as pessoas a alcançar a sua plenitude nesse sentido, aliada ao estímulo à criatividade social que as leva à integração ao seu grupo cultural.
          Cabe ressaltar, ainda, que toda proposta educacional deve estar balizada na ética da diversidade que se traduz em:
·        Respeito pelo outro em todas as suas diferenças.
·        Solidariedade para com o outro na satisfação de suas necessidades de sobrevivência e transcendência.
·        Cooperação com o outro na preservação e inovação do patrimônio natural  e cultural comum.
          As metas para os educadores neste novo século, devem ser as identificações do que é comum na busca da verdade e sabedoria entre todas as culturas e pessoas, aprendendo com os outros a corrigir os equívocos, a resistir à tentação de considerar as nossas tradições como sendo superiores a outras e a buscar uma solução condensada para os diferentes problemas que precisamos enfrentar de forma harmônica.
          Para tanto, é necessário que se tenha espaços de construção  e expressão,  como o que nos oferece a Internet, permitindo a existência de processos de comunicação, diálogo e debates, os quais deve dar legitimidade institucional, permanência no tempo e projeção local, regional ou internacional às idéias geradas.
         Nesse em particular, o provérbio chinês que diz que, se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um carregando um pão e, ao se encontrarem, eles trocam os pães, cada homem vai embora com um. Porém, se os dois homens vêm andando por uma estrada, cada um carregando uma idéia e, ao se encontrarem, eles trocam as idéias, cada homem vai embora com duas.  A  declaração de esperança  de Lévy (2001, p.67), sobre um direito que é inalienável, quando mencionou que frente aos numerosos desafios do futuro, a educação constitui instrumento indispensável para que a humanidade possa progredir face aos ideais de Paz, Liberdade e Justiça Social. Espera-se que essa declaração realmente venha nortear as ações que envolvem a concepção de uma Sociedade do Conhecimento em direção à construção de um Mundo Melhor.
      


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSMANN, H. Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendente. Petrópolis: Vozes, 2001..
CASTORINA, Juan. A. Piaget-Vigotsky. São Paulo: Ática, 1996.
FIGUEREDO, Saulo. Gestão do Conhecimento - Estratégias. São Paulo: Quality Mark, 2005.
KALINKE, Marco Aurélio. Internet na Educação.São Paulo: Chian, 2001..
LÉVY, Pierre. As tecnologias da Inteligência - O Futuro do Pensamento na Era da Informática. 34 ed. São Paulo: 2001.
____________.O defensor da inteligência coletiva. 34 ed. São Paulo: 2002.
____________.As Tecnologias das Inteligências. 34 ed. São Paulo: 2001.
MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e o reencantamento do mundo. Revista Tecnologia Educacional. Rio de Janeiro, vol. 23, n. 126, set. /out. 1995.
MORIN, Edgar. Os setes saberes necessários à Educação do Futuro. Rio de Janeiro: Cortez/UNESCO, 2001.

PERRENOUD, P. Construindo as competências desde a escola. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999..
VYGOTSKY L. S. Pensamento e Linguagem. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes,1991.