Os profissionais em atuação, na Educação a Distância
para Formação de Professores estão construindo suas concepções e seus valores
na prática. É, sobretudo através do fazer, muitas vezes sem referências
anteriores, que os professores refletem sobre o que é atuar em educação à
distância. Nesse movimento de reflexão sobre a prática pedagógica em EaD,
levantamos alguns aspectos que, ao serem analisados e discutidos, poderão
contribuir para a efetivação de uma prática educacional transformadora :
- ruptura com o modelo tradicional de educação: a
atividade docente está fortemente arraigada ao modelo “aula expositiva”, no
qual o professor, detentor do saber, apresenta as “verdades incontestáveis” aos
alunos. Na EaD, é essencial a reflexão sobre conceitos como parceria, autoria,
autonomia, pois são ocorrências inerentes ao próprio ambiente ; professor
mediador, parceiro na aprendizagem: o “detentor do saber” tem seus dias
contados. As tecnologias da informação permitem que qualquer pessoa tenha
acesso a bancos de dados, instituições e profissionais em qualquer lugar do planeta.
Não há mais a hierarquia rígida na construção do conhecimento, nem a linearidade
que havia nesse processo. O papel de professor é o do mediador, é o daquele que
auxilia o aluno (e a si próprio!) a explorar as suas potencialidades e a ultrapassar
os seus limites;
- quebra de resistência: o uso da tecnologia “força”
a quebra de resistências (resistência a posturas há muito estabelecidas e a
formas de trabalhar “consagrada”) e a quebra do medo pelo novo ou desconhecido.
É preciso “enfrentar” esta nova situação, pois a disseminação e o uso das
tecnologias de informação já fazem parte do cotidiano da educação;
- novas relações de trabalho: tempo e espaço, em
EaD, são ampliados,não têm limites fixos. E o trabalho do professor? Como
estabelecê-lo, quantificá-lo com justiça, já que impera a cultura do presencial
na maior parte das instituições educacionais? Escrever sobre EaD, é refletir
sobre a construção e reconstrução da aprendizagem virtual. Acertos e erros,
planejamento e replanejamento, desafios e conquistas fazem parte nossa prática
diária. Podemos ousar defender que a formação de professores em ambientes
virtuais facilitaria o uso da tecnologia por parte desses mesmos
professores nos programas presenciais, permitindo a expansão dos espaços de
aprendizagem, a ampliação de horizontes internos e externos, o estabelecimento de novas
relações professor-aluno e a revisão das metodologias conservadoras usadas no
presencial.
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